O preço vai subir? Como a nova forma de tributar afeta os seus produtos e clientes

Reforma Tributária e preços: é hora de fazer as contas

Muitos se preocupam apenas com o aumento de impostos, mas esquecem que é possível renegociar custos, planejar melhor e até reinventar o modelo de negócio.

Uma das perguntas mais frequentes entre os empresários é: com a nova forma de tributar, meus preços vão subir?

A resposta mais honesta é: depende do seu setor, da sua estrutura de custos e de como sua empresa se prepara. Mas uma coisa é certa — o impacto da reforma no preço final será real e precisa ser entendido desde já.

Se você vende para o consumidor final ou depende de margens apertadas, como no varejo, alimentação, serviços ou indústria leve, o tema merece atenção redobrada.

O que muda na prática?

A reforma substitui os tributos PIS, Cofins, ICMS e ISS por dois novos impostos:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência federal;

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que unifica os impostos estaduais e municipais.

Ambos funcionam com não cumulatividade plena. Isso quer dizer que a empresa paga o imposto na venda, mas pode abater aquilo que já foi pago na compra de insumos e serviços.

Essa nova estrutura é mais transparente, mas também mais exigente. E, dependendo do setor, pode gerar:

  • Aumento da carga tributária efetiva;

  • Redistribuição dos custos entre etapas da cadeia;

  • Necessidade de rever toda a formação de preço.

Nem todos poderão repassar os custos

Em teoria, a ideia é que os tributos fiquem “neutros” e o mercado se ajuste. Mas na prática, nem toda empresa consegue repassar aumentos de custo para o cliente final.

  • No varejo e serviços, os preços são sensíveis à concorrência.

  • Em segmentos como alimentação ou beleza, o cliente final é muito impactado por variações pequenas.

  • Muitos contratos fixam valores com reajustes anuais, o que pode dificultar ajustes no curto prazo.

Empresas que não revisarem sua política de precificação desde já correm risco de vender com prejuízo ou perder competitividade.

Como sua empresa pode se preparar?

A boa notícia é que há tempo — mas não para esperar, e sim para planejar. Veja o que você pode fazer agora:

  1. Simule o impacto da reforma na sua carga tributária: com a ajuda do contador, compare a carga atual com a estimada com CBS e IBS.

  2. Reveja sua composição de custos: o que você compra gera crédito? Onde você pode otimizar?

  3. Avalie seus preços e margens: entenda qual é o limite de repasse possível para seu público.

  4. Prepare seu time comercial e financeiro: todos precisam saber que mudanças podem vir.

  5. Comunique fornecedores e clientes aos poucos: não espere o último minuto para falar sobre preços.

Planejar precificação é mais estratégico do que nunca

Na lógica anterior, muitas empresas “colocavam um preço” com base em prática de mercado. Agora, será preciso estratégia, cálculo e acompanhamento constante.

O pequeno empresário que entender isso cedo terá vantagem. Vai evitar prejuízo, se posicionar melhor no mercado e manter o cliente informado com transparência.

Conclusão

A Reforma Tributária vai mudar a forma como os tributos impactam o preço. E esse impacto varia muito de setor para setor.

Seja qual for o seu segmento, a melhor decisão é planejar desde já e manter seu preço saudável, justo e competitivo.

Conte com a Gomes Contabilidade. Estamos prontos para ajudar você a entender seu cenário, simular impactos e ajustar sua precificação com segurança.

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